De tanto te querer, te tenho

Noite criança.
Brincou comigo.
Quando pêlo com pêlo se aconchegaram,
cobrindo o pelado,
veio o sono.
Ela, brincando,
me trouxe você.
Tu viestes num véu de amor,
transparente,
mostrando a silhueta do seu corpo.
Sorrias maliciosa.
Giravas num giro desordenado.
E no giro seu,
giravam juntos seus cachos.
Eu.
Embriagado de desejo,
tentava te alcançar.
Por mais que tentasse,
meus dedos não te alcançavam.
E na ânsia de te abraçar,
enlouquecia com teu cheiro que ficava no ar.
Você,
percebendo minha paixão,
olhava-me futilmente.
Seu olhar me excitava.
era um prazer inexistente,
prazer sem ter seu corpo.
Era o gozo que não teria.
Tudo,
era um sonho que não queria que acabasse,
mas queria que acabasse.
E acabou.
Suando,
acordei abraçando meu corpo.
E, querendo seu corpo,
busquei o sono novamente.
Não veio!
não veio!
Eu queria você.
Eu queria seu corpo.
Eu queria seus cachos.
Não vou conseguir dormir...
Vou te ligar.

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