Na análise sintática
para saber meu predicado,
encontrei a ti.
Dentre toda sua sintaxe
sabia que serias sempre
meu complemento nominal.
Contigo
minha oração ficou completa.
Tornamo-nos frase em uma só palavra.
Vivíamos em exclamações,
enquanto todos interrogavam
se éramos preposição ou conjunção.
Não sabiam que tínhamos
mesmo valor sintático.
Fomos ditongo,
não hiato.
Nossos dias
sempre reticências.
O ponto final,
ficava a cargo dos alheios ao nosso amor.
Muitos
olhavam as entrelinhas,
queriam inferir sem interpretar.
Nunca notaram
a intertextualidade
dos nossos períodos.
Melhor assim.
Deixemos a poesia
ser analisada.
Deixemos o poema
- que somos -
Escrito na eternidade.
Poema muito bem construído. Adoro essa brincadeira com a gramática portuguesa. Parabéns por seus versos! Quando tiver tempo, dê uma lida em: http://bella-fowl.blogspot.com.br/
ResponderExcluirOla Bella Fowl!
Excluirmuito obrigado pelo elogio
ja olhei seu blog e adorei também
grande abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmor! que lindo! lindo mesmo! é forte, é sincero, perfeito!
ResponderExcluirgostou???? que bom
Excluirtenho uma ótima fonte de inspiração :)