Num canto da sala,
Encolhia-se entre tremores de medo.
As pupilas contraíam-se
Focando as feras que o apontavam.
Aquilo não era um ambiente seguro
Era uma sala de torturas.
A presença do mestre
Era Ignorada pelos algozes.
Dedos o apontavam.
Gargalhadas o gozavam.
Sua normalidade era anormalidade aos alhos
alheios.
Deixara de se concentrar nas aulas.
Vontade? Só de chorar.
Não tinha opção de fugir,
Havia um cerco intenso,
As chacotas eram diárias.
Num dia de basta,
Abriu a mochila que trazia consigo.
Era dia de acabar com aquilo.
Empunhou uma arma.
Apontou-a em direção aos monstros,
Que mal puderam entender o que estava acontecendo.
Quinze tiros em alguns segundos.
Quinze corpos ao chão.
Outro carregador.
Outros quinze tiros.
Outros quinze corpos caídos.
Ao fim
Notou não restar uma bala para ele mesmo.
Apanhou um estilete.
Abriu os pulsos com cortes profundos.
Sentou-se no seu canto e contemplou sua vingança
Enquanto a vida lhe esvaía
pelos pulsos.
Comentários
Postar um comentário