Primavera


Eis a primavera.
Anunciada na melodia do sabiá.
Afinado em seu canto
Almejando a pretensa enamorada.

Não logro-te mal avoante animal
Mas em vão entoa esse som.
Foi também às margens de uma primavera
Que prostrei-me sob uma janela
 A cantar as canções mais belas.
Dali nem um sorriso eu vi
E vivi dias de solidão
Com o reprimido coração.

Como ti
Em vão declamei minha paixão.
Hoje não mais carrego o violão
Tampouco entoo novas canções.
Quanto ao coração
Voltou a terra sertão.

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